A Justiça de São Paulo decidiu que 25 diretores da rede municipal de ensino devem retornar aos seus cargos, após terem sido afastados pela Prefeitura. A determinação ocorreu em resposta a intervenções da Defensoria Pública e do Ministério Público, que consideraram o afastamento ilegal. A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) argumenta que os diretores estavam em um curso de requalificação, mantendo suas funções e salários durante o período.
A decisão judicial ressalta que a remoção dos diretores compromete a administração das escolas e o direito à dedicação exclusiva dos servidores públicos. Além de ordenar o retorno imediato dos diretores, a Justiça impôs uma multa diária de R$ 10 mil à Secretaria Municipal da Educação em caso de descumprimento. O Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público de São Paulo comemorou a decisão como uma vitória significativa.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Procuradoria Geral do Município, já manifestou a intenção de recorrer da decisão, reafirmando seu compromisso com a melhoria da aprendizagem e a gestão pedagógica. A administração municipal defende que a formação dos diretores é uma iniciativa inovadora, que inclui experiências práticas em outras escolas e atividades de pesquisa.