A Justiça Federal de Joinville decidiu, na terça-feira (22), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) devem devolver um papagaio, conhecido como Louro, à sua tutora, que reside na cidade. A ave foi apreendida em 30 de junho após uma denúncia anônima e vive com a moradora há cerca de 27 anos.
O juiz Leandro Paulo Cypriani argumentou que a manutenção do papagaio longe de sua tutora representa um risco à saúde do animal. Na decisão, ele estabeleceu que o retorno do papagaio deve ocorrer em até 24 horas e proibiu novas apreensões até o julgamento final do processo. O magistrado destacou que a separação do animal de sua família pode causar sérios danos à sua saúde emocional.
Um laudo veterinário realizado no dia da apreensão indicou que Louro estava saudável, mas não era apto a retornar à vida selvagem. A tutora do papagaio relatou estar enfrentando problemas de saúde mental devido à ausência do animal, o que reforçou a decisão do juiz sobre a importância da convivência familiar para o bem-estar do papagaio.