A Justiça de Goiás ordenou que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAD) desbloqueie a Comurg no sistema MTR-GO, essencial para o transporte e destinação de resíduos sólidos no estado. A decisão, emitida pela 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, ressalta que o bloqueio ameaça a coleta de lixo em Goiânia, podendo acarretar sérios danos ambientais e à saúde pública. O juiz Vinícius Caldas destacou a gravidade da situação, afirmando que a interrupção do serviço pode resultar em consequências catastróficas, como a acumulação de resíduos nas ruas e a proliferação de doenças.
A liminar impõe um prazo de 12 horas para que o desbloqueio seja efetivado, sob pena de multa diária. A medida reitera uma decisão anterior do Tribunal de Justiça de Goiás, que já havia autorizado a continuidade das operações da Comurg no Aterro Sanitário de Goiânia. A nova determinação garante que o serviço de destinação de resíduos siga funcionando até o julgamento final do processo.
Técnicos da Prefeitura de Goiânia defendem a segurança do aterro sanitário, afirmando que ele opera dentro dos padrões legais e passa por monitoramento contínuo. Um relatório do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC) confirma a viabilidade técnica do local e recomenda a continuidade das operações, enquanto a equipe técnica rechaça comparações com aterros privados que enfrentaram problemas estruturais. O engenheiro responsável pelo aterro, Guilherme Barros, assegura que todas as normas ambientais estão sendo seguidas, com um plano de modernização em andamento para garantir a segurança e eficiência do serviço.