Os juros futuros no Brasil registraram uma alta significativa nesta quinta-feira, 10, com a ponta longa da curva subindo cerca de 40 pontos-base e os médios avançando em torno de 25 pontos. O aumento reflete o nervosismo do mercado diante da possibilidade de tarifas de 50% sobre as importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos.
A valorização do dólar, que ultrapassou 2% em relação ao real, também contribuiu para o movimento. Além disso, os juros de curto prazo se elevaram após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresentou uma alta de 0,24% em junho, superando a mediana estimada de 0,20% e se aproximando do teto das projeções, que variavam entre 0,14% e 0,26%.
A inflação acumulada em 12 meses subiu para 5,35%, ligeiramente acima da mediana prevista de 5,31%. Às 9h12, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu para 14,955%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 foi para 14,415%. O vencimento para janeiro de 2029 também registrou alta, alcançando 13,695%, e o para janeiro de 2031 disparou para 13,830%.