Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta terça-feira (08), indicam que junho de 2025 foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado, com temperaturas 1,30°C acima da média pré-industrial de 1850 a 1900. Apesar de ser apenas o terceiro mês em dois anos a ficar abaixo do limite de 1,5°C, a temperatura média global atingiu 16,46°C, superando em 0,47°C a média histórica para o mês entre 1991 e 2020.
O relatório destaca que o mês foi marcado por extremos climáticos, com ondas de calor severas na Europa Ocidental, América do Norte e partes da Antártica Ocidental, enquanto regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, enfrentaram temperaturas anormalmente baixas. Cientistas alertam que essa combinação de calor intenso e frio incomum reflete um crescente desequilíbrio no sistema climático global.
Além das temperaturas atmosféricas elevadas, o Mar Mediterrâneo também registrou uma onda de calor marinha, com a maior temperatura média diária da superfície do mar já observada em junho, alcançando 27°C, um desvio de 3,7°C acima da média histórica. Essa elevação das temperaturas marinhas contribuiu para agravar as ondas de calor em países como Portugal, Espanha, França e Itália, intensificando os impactos das altas temperaturas na terra firme.