Junho de 2025 foi registrado como o terceiro mês mais quente já documentado, com uma temperatura média global de 16,46°C, superando em 0,47°C a média do período de 1991 a 2020. Os dados foram divulgados pelo observatório europeu Copernicus em um relatório na terça-feira, 8 de julho de 2025. O mês passado foi 0,20°C mais frio que o recorde de junho de 2024 e 0,06°C abaixo de junho de 2023, que ocupa a segunda posição no ranking de calor.
O relatório aponta que as temperaturas em junho de 2025 ficaram 1,30°C acima da média estimada entre 1850 e 1900, considerada a referência para o nível pré-industrial. Regiões como os Estados Unidos, Canadá setentrional, Ásia Central e Oriental, e Antártica Ocidental apresentaram temperaturas significativamente acima da média, enquanto o sul da América do Sul, incluindo Argentina e Chile, registrou frio recorde.
Samantha Burgess, líder estratégica de clima no ECMWF, destacou a onda de calor excepcional que afetou grande parte da Europa Ocidental, resultando em estresse térmico intenso. Essa situação foi exacerbada pelas temperaturas recordes da superfície do mar no Mediterrâneo Ocidental, que atingiram a temperatura diária mais alta já registrada para junho, com 27°C, um desvio de 3,7°C acima da média histórica. O período de julho de 2024 a junho de 2025 também apresentou um aumento de 0,67°C em relação à média de 1991-2020 e 1,55°C acima do nível pré-industrial.