A publicitária Juliana Marins, de 27 anos, faleceu após sofrer múltiplos traumas em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, onde caiu em duas ocasiões. A primeira queda, de 61 metros, ocorreu no dia 21 de junho, e Juliana sobreviveu por mais de 30 horas antes de sofrer um segundo impacto fatal. A informação foi confirmada por peritos durante a necrópsia realizada no Brasil, após a solicitação da família para uma nova análise dos laudos indonésios.
Os exames realizados no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP) revelaram que a causa da morte foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com um impacto de alta energia cinética. O perito Nelson Messina destacou que Juliana passou por um sofrimento intenso, incluindo dor, fome e frio antes de falecer. Estima-se que ela tenha sobrevivido no máximo 15 minutos após a segunda queda.
Os pais de Juliana criticaram a demora e a falta de empenho das autoridades indonésias no resgate, que durou mais de quatro dias. O corpo da jovem foi encontrado a 600 metros da trilha, após ter sido avistado por drones de turistas. A geografia acidentada e a neblina na região dificultaram a operação de resgate, levando o governador local a admitir a insuficiência da estrutura de apoio para situações de emergência no parque.