O julgamento do adolescente de 16 anos acusado de assassinar a brasileira Jenife Silva, ocorrido em abril deste ano na Bolívia, teve início nesta quarta-feira (16). Durante as investigações, a família da vítima revelou que foram encontradas provas no celular do indiciado, incluindo fotografias e vídeos da jovem morta, que foram supostamente registrados pelo próprio acusado.
As audiências sobre o caso se realizam na cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde Jenife, natural de Santana (AP), estava finalizando sua formação em medicina. De acordo com a prima da vítima, Cirlene Fernandes, as imagens mostram o menor de idade interagindo com o corpo da vítima, o que levanta questões sobre a natureza premeditada do crime.
O Ministério Público boliviano apresentou uma denúncia de feminicídio contra o acusado, citando evidências que indicam que sua conduta é compatível com a de um adulto. Cirlene Fernandes destacou que o indiciado possui um histórico de violência contra mulheres e expressou esperança de que ele seja condenado a 30 anos de prisão. Jenife Silva deixou dois filhos e sua morte gerou protestos em busca de justiça em sua cidade natal.