A juíza Indira Talwani, do Tribunal Distrital de Boston, restabeleceu provisoriamente nesta segunda-feira (28 de julho de 2025) o repasse de verbas públicas à Planned Parenthood, uma organização que oferece cuidados de saúde reprodutiva nos Estados Unidos. A decisão ocorre em meio a uma controvérsia gerada pela Lei "One Big Beautiful Bill Act", sancionada pelo presidente Donald Trump, que vetou repasses do Medicaid a organizações que realizam abortos.
Talwani argumentou que a interrupção do financiamento poderia violar a Constituição norte-americana, uma vez que a lei parece ter como alvo específico a Planned Parenthood, impondo punições sem um devido processo legal. A organização, que administra cerca de 600 centros de saúde em todo o país, alertou que aproximadamente 200 unidades em 24 estados poderiam fechar caso a lei fosse implementada, classificando as consequências como "catastróficas".
Na semana anterior, a juíza já havia emitido uma liminar que protegia algumas unidades da Planned Parenthood, mas com o vencimento de uma ordem de restrição temporária, diversos centros foram forçados a interromper o faturamento de serviços do Medicaid. A resposta do governo federal à decisão judicial ainda não foi definida, e a Casa Branca não se manifestou sobre o caso até o momento. Alexis McGill Johnson, presidente da Planned Parenthood, reafirmou o compromisso da organização em lutar contra a lei, garantindo acesso a serviços de saúde essenciais para todos os cidadãos.