A juíza Angélica Chamon Layoun, de 39 anos, foi demitida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) após ser acusada de copiar decisões em mais de 2 mil processos. A demissão ocorreu no dia 3 de julho de 2023, assinada pelo desembargador Alberto Delgado Neto, presidente do TJ-RS, e foi resultado de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que transitou em julgado em maio deste ano.
Angélica, que estava afastada desde setembro de 2023, recebeu um salário médio de R$ 31,5 mil por mês até junho deste ano, mesmo sem exercer suas funções. Durante seu curto período de atuação, que começou em julho de 2022, a magistrada foi criticada por sua produtividade considerada "humanamente impossível", com uma média de quatro processos julgados por dia, incluindo fins de semana e feriados.
O TJ-RS informou que, apesar das decisões repetidas, elas não serão anuladas, pois foram revisadas por outros juízes e permanecem válidas. A defesa da juíza, que já ajuizou um Pedido de Revisão Disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), argumenta que a penalidade é desproporcional e que Angélica foi designada para uma vara com grande acúmulo de processos e sem juiz titular por anos.