A juíza Lília Maria de Souza, da 22ª Vara Cível de Goiânia, ordenou a transferência imediata de uma paciente internada em um hospital da rede do plano de saúde Hapvida, após denúncias de negligência médica e falhas graves na assistência. A decisão, proferida na última semana, também inclui a entrega integral do prontuário médico da paciente e estabelece uma multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento por parte da operadora.
A paciente, cujo nome não foi revelado, estava internada há quase um mês e enfrentava condições consideradas degradantes pela família. Diagnosticada com câncer em estágio terminal, exames posteriores indicaram a inexistência de malignidade, revelando um quadro benigno de hiperplasia linfoide reativa. Apesar das evidências, a equipe médica manteve o diagnóstico inicial e não revisou o plano terapêutico, o que, segundo a ação, comprometeu a saúde da paciente.
Além do diagnóstico equivocado, o processo aponta diversas falhas na assistência hospitalar, como a falta de monitoramento dos sinais vitais, atrasos na administração de medicamentos e condições inadequadas de higiene. Diante da omissão, os familiares foram obrigados a contratar serviços de enfermagem privada e adquirir insumos essenciais para garantir cuidados mínimos.
Na decisão, a juíza enfatizou que a operadora de plano de saúde deve garantir a qualidade dos serviços prestados em sua rede credenciada. O Jornal Opção tentou contato com a assessoria de imprensa do Hapvida e aguarda resposta, mantendo o espaço aberto para manifestações.