O banco JPMorgan divulgou um relatório sobre as ações da WEG (WEGE3), que acumulam uma queda de 25% em 2025, em contraste com a alta de 12% do Ibovespa. A análise ocorre a poucos dias da divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, marcada para 23 de julho, antes da abertura do mercado. O banco destaca que os investidores estão reavaliando suas posições na fabricante de motores elétricos, que apresentou desempenho inferior em comparação a seus pares.
Apesar das dificuldades, o JPMorgan vê uma oportunidade para aumentar posições na WEG, considerando um potencial de valorização nos próximos 6 a 12 meses. A avaliação atual da empresa, com múltiplos de 13,8 vezes o EV/Ebitda e 20,4 vezes o P/L, sugere que a queda pode estar limitada a partir dos níveis atuais. Os analistas acreditam que o pior já está precificado, levando em conta fatores como a fraqueza do dólar e as recentes notícias negativas sobre subsídios para energia renovável nos EUA.
Na manhã desta quarta-feira, as ações da WEG apresentaram uma alta de 1,30%, cotadas a R$ 40,20, destacando-se no Ibovespa em um dia de baixo ânimo no mercado. O JPMorgan ressalta que, embora os resultados do 2T não sejam esperados como um gatilho para recuperação, o posicionamento leve da ação após três trimestres de correções pode indicar uma oportunidade de compra.
O relatório também aponta que a WEG continua a ser a empresa com maior taxa de crescimento anual entre fabricantes de equipamentos elétricos, com uma expectativa de crescimento de 16% entre 2024 e 2027. O banco acredita que os riscos de queda nas estimativas já estão precificados, considerando a atual dependência da empresa do mercado americano, onde cerca de 25% de sua receita é gerada.