Na última quinta-feira, 10, Júlia de Carvalho Lima Carmo, de 24 anos, foi internada em estado grave após sofrer convulsões em sua residência em Goiás. A jovem, que estava animada com a reforma de sua casa, apresentou uma dor de cabeça antes de ser levada ao Hospital de Urgências de Goiás (HUGO) por seu marido, que a encontrou em convulsão. Após exames, foi diagnosticada com encefalite herpética viral, uma infecção que afeta o cérebro e pode ser fatal sem tratamento adequado.
A médica infectologista Fernanda Pedrosa Torres, do Hospital Albert Einstein Goiânia, alertou que a mortalidade da encefalite por herpes-vírus tipo 1 pode chegar a 70% sem tratamento, mas cai para cerca de 20% com a intervenção médica. A condição de Júlia se agravou após a suspensão da medicação para epilepsia, levando a família a buscar um hospital particular, onde a jovem foi entubada e transferida para a UTI.
Os exames realizados no novo hospital confirmaram a presença do vírus da herpes, que causou lesões significativas no cérebro de Júlia. Ela está sendo acompanhada por uma equipe médica especializada, que iniciou o tratamento antiviral e ajustou a medicação para controlar as convulsões. A situação de saúde da jovem reacende a discussão sobre os riscos associados ao herpes-vírus e a importância de um diagnóstico e tratamento precoces.