As principais jogadoras da WNBA utilizaram o All-Star Game, realizado na noite de sábado em Indianápolis, para manifestar descontentamento em relação à liga. As atletas do Time Clark e do Time Collier aqueceram-se com camisetas que traziam a mensagem: "Paguem o que nos devem", acompanhada do logotipo da WNBPA, o sindicato das jogadoras, que anunciou a venda das camisetas durante o evento. A ação ocorre em meio à falta de um acordo coletivo de trabalho, após uma reunião infrutífera na última quinta-feira.
As jogadoras da WNBA, que não aceitaram o último acordo em outubro, buscam melhorias na divisão de receitas, aumento salarial, benefícios e um teto salarial mais flexível. Atualmente, uma caloura da WNBA recebe um salário mínimo de US$ 66 mil, enquanto no masculino o valor é de US$ 1,1 milhão. Além disso, a divisão de lucros na NBA é de 50%, enquanto na WNBA é de apenas 10%, o que força muitas atletas a buscarem oportunidades na Europa ou na Ásia durante a offseason.
A presidente da WNBPA, Nneka Ogwumike, expressou seu entusiasmo com a participação das jogadoras e o engajamento demonstrado. "Quanto mais isso acontecer, mais conseguiremos fazer as coisas", afirmou. Após o fracasso nas negociações, atletas como Napheesa Collier e Angel Reese não descartaram a possibilidade de uma greve caso um novo acordo não seja alcançado até outubro. Atualmente, a WNBA conta com duas jogadoras brasileiras: Kamilla, do Chicago Sky, e Damiris, do Indiana Fever.