O Jardim Botânico de Brasília começará, em agosto, a remoção de mais de 600 pinheiros, localizados em áreas como o estacionamento e o espaço de piqueniques. A decisão foi baseada em um estudo da Universidade de Brasília (UnB) e aprovada pelo Instituto Brasília Ambiental, que visa a substituição dessas árvores, plantadas na década de 1980, por espécies nativas do cerrado.
A administração do parque justifica a mudança devido a desvantagens dos pinheiros, como a falta de integração com a fauna local e o risco de queda, já que muitas dessas árvores estão em condições precárias. O diretor-presidente do Jardim Botânico, Allan Freire, destacou que o crescimento acelerado dos pinheiros poderia resultar em mais de 300 mil indivíduos até 2036, o que aumenta o risco de acidentes, como o ocorrido em abril de 2024, quando um pinheiro caiu no estacionamento sem causar feridos.
A remoção dos pinheiros deve ser concluída até outubro, e no lugar serão plantadas espécies nativas como ipês e sombreiros. Durante o período de transição, áreas do Jardim Botânico serão isoladas e tendas provisórias serão instaladas para garantir sombra aos visitantes. Parte da madeira retirada será reutilizada para a construção de mesas e pergolados no próprio parque.
Essa iniciativa segue uma ação semelhante realizada entre 2023 e 2024 no Parque da Cidade, onde mais de 1,6 mil pinheiros foram removidos após um acidente grave em 2022, que deixou um adolescente tetraplégico. O Jardim Botânico, conhecido como um dos cartões-postais de Brasília, já começou a informar os visitantes sobre as mudanças que estão por vir.