A primeira-dama Janja da Silva teve um papel de destaque na cúpula do Brics, realizada neste domingo (6) no Rio de Janeiro, onde se sentou atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este evento segue o modelo da cúpula do G20, ocorrida em novembro de 2024, também na capital fluminense. Enquanto Lula discursava, Janja registrou momentos do evento por meio de vídeos em seu celular.
A declaração final da cúpula, divulgada no mesmo dia, condena os recentes ataques ao Irã, mas não menciona diretamente os Estados Unidos ou Israel, responsáveis pelos bombardeios. O documento expressa preocupação com a escalada da segurança no Oriente Médio, especialmente em relação à questão nuclear, e menciona Israel em contextos relacionados a conflitos na Faixa de Gaza, Síria e Líbano.
A cúpula, que ocorre nos dias 6 e 7 de julho, contou com ausências significativas, como os presidentes Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia), Masoud Pezeshkian (Irã) e Abdel Fattah el-Sisi (Egito), o que pode impactar a repercussão política da declaração final. Apesar das tentativas de endurecer a posição em relação ao Irã, países alinhados aos Estados Unidos, como Índia e Emirados Árabes, resistiram a um tom mais anti-ocidental na declaração.
A cúpula do Brics, parte da estratégia de Lula para aumentar o protagonismo internacional do Brasil, também reflete tensões geopolíticas, com o ex-presidente Donald Trump ameaçando tarifas comerciais caso o dólar fosse abandonado nas transações entre os membros do bloco.