O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta novas sanções impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após investigações que revelaram tentativas de articulação internacional para desestabilizar a soberania nacional. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, datada de sexta-feira (18), inclui o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação, em resposta a indícios de obstrução de Justiça e risco de fuga.
As investigações apontam que Bolsonaro e seus aliados tentaram condicionar o fim das sanções econômicas dos Estados Unidos ao Brasil à aprovação de uma anistia no Congresso. Moraes classificou essa ação como uma tentativa de coação e atentado à soberania nacional, evidenciando a gravidade da situação.
Além das sanções, a Polícia Federal encontrou documentos que sugerem uma articulação para transferir disputas institucionais para o exterior, com apoio de figuras ligadas ao ex-presidente Donald Trump. A defesa de Bolsonaro expressou surpresa e indignação com as medidas, alegando que ele tem cumprido todas as determinações judiciais e negando qualquer irregularidade.
As restrições impostas incluem o recolhimento domiciliar entre 19h e 6h, proibição de uso de redes sociais e comunicação com diplomatas e investigados. A situação se agrava para Bolsonaro, que se torna cada vez mais isolado no cenário político brasileiro, refletindo nas suas pretensões eleitorais futuras.