Neste sábado (26), Israel anunciou a retomada dos lançamentos aéreos de suprimentos humanitários na Faixa de Gaza, em resposta à crescente pressão internacional para facilitar a entrada de ajuda no território. O Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos manifestaram disposição para participar da operação, que ocorre em meio a um cenário de intensos bombardeios e disparos israelenses, resultando na morte de 40 pessoas, segundo a Defesa Civil palestina.
O exército israelense informou que os primeiros lançamentos aéreos incluirão sete paletes com farinha, açúcar e alimentos enlatados, com a intenção de estabelecer corredores humanitários para garantir a segurança no transporte de ajuda. A ONU e diversas ONGs alertam sobre o aumento da desnutrição infantil e o risco de fome generalizada entre os mais de dois milhões de habitantes da região, que enfrentam severas carências desde o bloqueio total imposto em março de 2023.
Além disso, um barco com ativistas pró-palestinos foi interceptado por soldados israelenses ao se aproximar da costa de Gaza, em uma missão que visava levar material médico e alimentos. A ação gerou protestos, com os ativistas entoando a canção antifascista italiana “Bella Ciao” durante a abordagem militar. A situação humanitária em Gaza continua crítica, e líderes de países como França, Alemanha e Reino Unido pedem a Israel que levante as restrições ao envio de ajuda.
A guerra em Gaza, que teve início após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, já resultou em milhares de mortes e um cenário de devastação. O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, criticou os lançamentos aéreos, afirmando que são uma solução cara e ineficaz para a crise alimentar crescente na região.