Neste sábado (26), o exército israelense anunciou a retomada da ajuda humanitária aérea em Gaza, além da criação de corredores terrestres para o envio de suprimentos essenciais, como alimentos enlatados, farinha e açúcar. A medida visa atender à crescente crise humanitária na região, onde a fome extrema afeta a população palestina.
A decisão de Israel ocorre após uma semana de críticas de organizações humanitárias sobre a grave situação alimentar em Gaza, onde o Ministério da Saúde local informou que mais de 120 pessoas, incluindo 85 crianças, morreram de desnutrição. O Programa Mundial de Alimentos da ONU revelou que quase um terço dos palestinos não possui alimentos há dias, levando a ONU a classificar o envio aéreo como ineficiente e perigoso para civis.
O exército israelense alegou que o Hamas está bloqueando a entrega de suprimentos à população e que a responsabilidade pela distribuição dos alimentos recai sobre a ONU e organizações internacionais. Em resposta, o Reino Unido anunciou que participará da distribuição de ajuda, com o primeiro-ministro Keir Starmer afirmando que a autorização de Israel chegou com atraso, mas que o país fará o possível para socorrer os palestinos.
Além disso, Starmer planeja retirar crianças de Gaza que necessitam de assistência médica, enquanto líderes da França e da Alemanha se reuniram por telefone para discutir um plano de longo prazo para a segurança na região. As ações visam mitigar a crise humanitária e garantir a proteção dos civis em meio ao conflito.