O exército israelense anunciou neste sábado (26) a retomada da entrega de ajuda humanitária aérea em Gaza, após alertas de mais de 100 agências sobre a crescente fome extrema no enclave. A medida ocorre em um contexto de grave crise humanitária, onde a ONU descreve a situação como um "show de horrores" e reporta que pelo menos 45 pessoas morreram de fome desde o início da semana.
Os lançamentos aéreos incluirão sete paletes de alimentos, como farinha e açúcar, fornecidos por organizações internacionais. Além disso, o exército israelense estabeleceu corredores humanitários para facilitar a movimentação segura de comboios da ONU que transportam suprimentos essenciais, como alimentos e medicamentos.
Simultaneamente, o Reino Unido anunciou planos para intensificar sua atuação humanitária na região, incluindo a evacuação de crianças feridas e doentes. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou a necessidade de um plano robusto para transformar um possível cessar-fogo em uma paz duradoura, em colaboração com líderes da França e da Alemanha.
A crise humanitária em Gaza se intensificou desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, com relatos de desnutrição severa entre a população palestina. Especialistas afirmam que a ajuda aérea, embora necessária, não é a solução ideal, e defendem a remoção de bloqueios terrestres para garantir a entrega eficaz de alimentos e suprimentos à população necessitada.