Neste sábado (5 de julho de 2025), Israel declarou que as alterações propostas pelo Hamas para um acordo de cessar-fogo são "inaceitáveis". Apesar disso, o governo israelense enviará uma delegação ao Qatar no domingo (6 de julho) para discutir uma possível trégua, conforme anunciado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A decisão ocorre dois dias antes de um encontro entre Netanyahu e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca.
O gabinete de Netanyahu afirmou que as mudanças comunicadas pelo Hamas na proposta de cessar-fogo, apoiada pelos Estados Unidos, foram consideradas inaceitáveis. No entanto, a delegação israelense viajará a Doha para continuar os esforços visando o retorno de reféns, com base na proposta do Qatar, que já recebeu a aprovação de Israel. O Hamas, por sua vez, havia manifestado apoio à proposta na sexta-feira (4 de julho).
As negociações em Doha, mediadas pelo Qatar, ocorrem em meio a um contexto de crise humanitária em Gaza, onde a ofensiva militar israelense resultou em um elevado número de mortes e deslocamentos. Desde o início do conflito em outubro de 2023, após um ataque do Hamas que deixou cerca de 1.200 mortos em Israel, a situação se agravou, com mais de 57 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre as mudanças específicas que o Hamas propôs e que Israel considera inaceitáveis. Netanyahu mantém a posição de que o desarmamento do Hamas é uma condição essencial para qualquer acordo, uma demanda que o grupo até agora se recusa a aceitar.