Em resposta à grave crise humanitária na Faixa de Gaza, Israel anunciou que permitirá a entrada de ajuda humanitária aérea a partir desta sexta-feira (25). A decisão foi confirmada por um oficial militar à rádio do Exército israelense, em um momento em que a situação se agrava para os dois milhões de palestinos na região, com a ONU alertando sobre níveis alarmantes de desnutrição e fome.
A crise se intensificou após o início do conflito em 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas resultou na morte de 1.200 israelenses. Desde então, a guerra já causou a morte de mais de 59.100 palestinos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. Recentemente, um vídeo da Reuters mostrou crianças em estado severo de desnutrição em um hospital de Khan Younis, evidenciando a urgência da situação.
A ONU e mais de 100 organizações não governamentais têm denunciado a fome em massa na região, com Philippe Lazzarini, comissário da UNRWA, afirmando que uma em cada cinco crianças em Gaza está desnutrida. O Programa Mundial de Alimentos também destacou que um terço da população não tem se alimentado adequadamente, levando a níveis alarmantes de desespero entre os habitantes.
Enquanto isso, Israel defende que a ONU e o Hamas estão obstruindo a distribuição de ajuda, afirmando que 950 caminhões de suprimentos estão prontos para serem entregues. A ONU, por sua vez, alega que não pode confirmar essas informações, pois não tem permissão para acompanhar a distribuição da ajuda humanitária nas áreas afetadas.