Israel lançou, pela primeira vez desde o início da guerra, uma ofensiva aérea e terrestre em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, na última terça-feira (21). A operação militar visa uma área que, até então, era considerada um dos últimos centros humanitários preservados na região, abrigando um grande número de deslocados e centros de ajuda que ainda operavam na distribuição de alimentos e suprimentos essenciais.
O exército israelense havia evitado ações de grande magnitude nessa localidade devido à crença de que a maioria dos reféns estava concentrada ali. No entanto, novas informações de inteligência levaram à mudança de estratégia, resultando no início da nova operação militar. Essa ação levanta preocupações sobre o impacto nos civis e na já escassa distribuição de ajuda humanitária, com ONGs e a ONU afirmando que não deixarão a região e continuarão a prestar assistência à população.
A ofensiva ocorre em meio a negociações por um cessar-fogo, mediadas pelo Catar e pelos Estados Unidos. Espera-se que um acordo para a suspensão das hostilidades por pelo menos 60 dias seja alcançado até a próxima sexta-feira (25), o que permitiria a libertação de reféns e a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.