Na quarta-feira (16), Israel bombardeou a sede militar da Síria em Damasco e enviou mais tropas para a fronteira, visando proteger a comunidade drusa síria de possíveis ataques. As operações israelenses foram intensificadas desde segunda-feira (14), em resposta a confrontos mortais entre drusos, grupos beduínos e forças sírias na região de Suwayda, que resultaram na morte de quase 250 pessoas, incluindo mais de 20 executadas, conforme relatado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (SOHR).
A agência estatal síria, Sana, informou que grupos em Suwayda concordaram com um cessar-fogo na tarde de quarta-feira, mas Israel não comentou sobre a trégua e continuou seus ataques na região. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, expressou preocupação com a situação, afirmando que os EUA estão em contato com ambas as partes para buscar uma desescalada, embora não tenha solicitado diretamente que Israel suspendesse suas ações.
Israel acusa o novo governo sírio, liderado por Ahmed al-Sharaa, de incitar os combates contra os drusos, um grupo minoritário que o país se comprometeu a proteger. A Síria, devastada por uma guerra civil desde 2011, enfrenta desafios significativos para restaurar a ordem sob a nova administração de Sharaa, que busca controlar áreas do país e suas instituições. Enquanto isso, o Conselho de Cooperação do Golfo classificou os ataques aéreos israelenses como uma escalada irresponsável que pode desestabilizar ainda mais a Síria.