Nesta segunda-feira (21), Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, especificamente em Deir al Balah, uma área que servia como refúgio para palestinos deslocados pelo conflito. Esta ação marca a primeira incursão de tanques israelenses na região, resultando na morte de pelo menos três pessoas. A cidade, localizada no centro da Faixa de Gaza, havia sido poupada anteriormente devido a preocupações sobre possíveis cativeiros do grupo terrorista Hamas na área.
No domingo (20), o exército israelense emitiu uma ordem de retirada que, segundo a ONU, afetou entre 50 mil e 80 mil pessoas, levando a Organização a descrever a medida como um "golpe devastador". O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua consternação com a deterioração das condições em Gaza, ressaltando a grave situação de fome enfrentada pela população local. Guterres condenou os recentes assassinatos de civis que buscavam alimentos, classificando-os como atos atrozes e desumanos.
Em resposta à escalada do conflito, 25 países, incluindo Reino Unido, França e Suíça, emitiram um comunicado conjunto pedindo o fim imediato da guerra e criticando a distribuição de ajuda humanitária em quantidades insuficientes. O governo israelense, por sua vez, refutou as críticas, alegando que o Hamas é o único responsável pela falta de um acordo para a libertação dos reféns e pela continuidade do conflito. O embaixador americano em Israel também se manifestou, afirmando que o Hamas rejeita propostas de paz e que a culpa não pode ser atribuída a Israel.