Israel lançou, pela primeira vez desde o início do conflito, uma ampla ofensiva aérea e terrestre no centro da Faixa de Gaza, especificamente na região de Deir al-Balah. A operação militar, iniciada nesta quarta-feira, visa uma área que até então era considerada um dos últimos centros humanitários relativamente preservados, abrigando um grande número de pessoas deslocadas e centros de ajuda que ainda operavam na distribuição de alimentos e suprimentos essenciais.
O exército israelense havia evitado operações de grande magnitude em Deir al-Balah devido à crença de que a maioria dos reféns estaria concentrada na localidade. Contudo, novas informações de inteligência levaram à mudança de estratégia, resultando no início da ofensiva. A ação gera preocupações sobre o impacto nos civis e na já escassa distribuição de ajuda humanitária na região, com ONGs e a ONU afirmando que permanecerão no local para continuar a assistência à população.
A ofensiva ocorre em meio a negociações por um cessar-fogo, mediadas pelo Catar e pelos Estados Unidos, com a expectativa de que um acordo para a paralisação das hostilidades por pelo menos 60 dias possa ser alcançado até a próxima sexta-feira (25). O objetivo é facilitar a libertação de reféns e a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.