Israel e Hamas estão em meio a negociações indiretas em Doha, visando um acordo de cessar-fogo após 21 meses de conflito na Faixa de Gaza. A declaração de Israel, feita neste domingo (6), destaca que o Hamas propôs mudanças 'inaceitáveis' à proposta de trégua mediada pelo Catar, que já havia sido aceita por ambos os lados na semana passada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu determinou que o convite para as conversas seja aceito, mantendo o foco na devolução dos reféns israelenses.
As negociações, que ocorrem em um contexto de intensa violência, foram confirmadas por uma fonte palestina próxima às tratativas. A delegação do Hamas, liderada por Khalil al Hayya, já se encontra em Doha, enquanto a equipe israelense chegou na manhã deste domingo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também está envolvido como mediador e receberá Netanyahu na Casa Branca na segunda-feira, com a expectativa de que um acordo possa ser alcançado em breve.
A proposta em discussão inclui uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas se comprometeria a libertar 10 reféns israelenses e devolver corpos, em troca da liberação de prisioneiros palestinos. No entanto, o Hamas busca alterações na proposta, incluindo garantias de que os combates não recomeçarão e que a ajuda humanitária será restabelecida. A guerra, que teve início após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou na morte de mais de 56 mil palestinos e uma grave crise humanitária na região.