Israel e Estados Unidos retiraram suas delegações das negociações de cessar-fogo em Gaza nesta quinta-feira, após acusações do enviado americano, Steve Witkoff, de que o Hamas não estava agindo de boa fé. A medida representa um novo obstáculo nas tentativas de alcançar um acordo que poderia garantir a libertação de reféns israelenses e aliviar a crescente crise humanitária na região.
Witkoff afirmou que, apesar dos esforços dos mediadores, o Hamas não demonstrou coordenação nas negociações. Ele indicou que os EUA estão considerando alternativas para trazer os reféns de volta e criar um ambiente mais estável para a população de Gaza. A retirada ocorre em um contexto de pressão interna e externa sobre ambos os lados, com a situação humanitária em Gaza se deteriorando rapidamente.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, descreveu a situação em Gaza como uma catástrofe humanitária, pedindo a Israel que permita a entrada urgente de ajuda. As autoridades de saúde em Gaza relataram mortes por inanição, enquanto um oficial do Hamas indicou que ainda há uma chance de um acordo de cessar-fogo, embora as negociações estejam paralisadas devido a divergências com Israel.
Além disso, relatos de confrontos durante a distribuição de ajuda humanitária levantaram preocupações sobre a eficácia das operações de assistência. A Fundação Humanitária de Gaza defendeu o uso de spray de pimenta, afirmando que foi uma medida para evitar ferimentos em civis durante a superlotação, mas a situação continua tensa e sem soluções imediatas à vista.