O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram na sexta-feira o abandono das negociações de cessar-fogo com o Hamas em Gaza. Ambos os líderes afirmaram que os militantes palestinos não demonstraram interesse em um acordo, levando Israel a considerar "opções alternativas" para resgatar reféns e desmantelar o controle do Hamas na região, onde a crise humanitária se agrava.
Netanyahu indicou que a situação em Gaza, marcada pela fome e pela desabrigação em massa, exigiu uma reavaliação das estratégias israelenses. Trump, por sua vez, reforçou a ideia de que o Hamas não está disposto a negociar, afirmando que os líderes do grupo serão "caçados". As declarações de ambos os líderes sinalizam um endurecimento das posições, com pouca expectativa de retomada das conversas em um curto prazo.
A deterioração da situação humanitária em Gaza levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a reconhecer um Estado palestino independente, enquanto Reino Unido e Alemanha pediram um cessar-fogo imediato, embora ainda não tenham seguido o exemplo da França. Trump desqualificou a iniciativa de Macron, afirmando que suas declarações não têm peso.
As negociações de cessar-fogo, mediadas pelo Catar e pelo Egito, enfrentam impasses devido a divergências sobre a retirada das tropas israelenses e as condições após um possível acordo de 60 dias. Organizações humanitárias alertam que a fome já afeta 2,2 milhões de habitantes de Gaza, exacerbada pela interrupção dos suprimentos desde março.