Israel concluiu que uma parte do estoque subterrâneo de urânio enriquecido do Irã, que foi enriquecido a quase grau de armamento, sobreviveu aos ataques realizados em junho por forças americanas e israelenses. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times, que citou fontes do exército israelense. Essa avaliação levanta preocupações sobre a capacidade do Irã de retomar seu programa nuclear.
Um oficial israelense afirmou ao The New York Times que o país começou a se preparar para uma ação militar contra o Irã no final do ano passado, após identificar uma corrida iraniana para desenvolver uma bomba nuclear. Essa corrida foi impulsionada pelo assassinato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã no Líbano.
Durante os ataques de junho, os Estados Unidos utilizaram bombas de grande impacto para atingir os principais centros de enriquecimento de urânio do Irã, como os sítios de Natanz e Fordow, danificando ou destruindo cerca de 18 mil centrífugas. No entanto, o Irã ainda mantém parte do urânio enriquecido a 60% armazenado em Isfahan, uma instalação considerada profunda demais para ser completamente destruída pelos bombardeios. A retirada dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) do Irã e o desligamento de câmeras de monitoramento dificultam a avaliação precisa das atividades nucleares iranianas.