Em resposta a crescentes alertas sobre a fome entre civis palestinos, Israel anunciou uma pausa diária de 10 horas em suas operações militares na Faixa de Gaza, a partir de 27 de julho de 2025. A medida visa facilitar a entrada de ajuda humanitária, embora organizações internacionais afirmem que os esforços ainda são insuficientes para atender à demanda emergente.
As forças israelenses negaram acusações de que estariam provocando a fome intencionalmente, enquanto a população local, como a mãe de quatro filhos Rasha Al-Sheikh Khalil, expressa esperança, mas também preocupação com a continuidade da crise após o término da pausa. "Precisamos de uma solução real, um fim para esse pesadelo, um fim para a guerra", afirmou Khalil.
Neste mesmo dia, aviões da Jordânia e dos Emirados Árabes Unidos realizaram lançamentos aéreos de 25 toneladas de alimentos e suprimentos essenciais sobre Gaza, marcando o 127º lançamento da Jordânia desde o início do conflito. No entanto, especialistas alertam que a ajuda a partir do ar é limitada e que a abertura de corredores terrestres seria mais eficaz para atender a população de 2 milhões de habitantes da região.
Enquanto caminhões vazios se dirigem a pontos de acesso à Faixa de Gaza, os mercados locais enfrentam uma corrida por alimentos, com preços de farinha caindo drasticamente, embora a oferta ainda seja limitada. A comunidade internacional continua pressionando Israel por ações mais abrangentes para garantir o acesso a itens básicos de sobrevivência, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defende que sempre houve rotas seguras para a entrada de ajuda humanitária.