O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou uma pausa humanitária em corredores e pontos de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, programada para este domingo, 27 de julho de 2025. A decisão foi divulgada no sábado, 26, após o Exército israelense retomar o envio de suprimentos alimentares à região por meio de aviões, em resposta à crescente pressão internacional devido à grave crise humanitária enfrentada pelos habitantes do enclave controlado pelo Hamas.
Desde março, a entrada de ajuda humanitária em Gaza estava completamente bloqueada, e desde maio, a assistência era direcionada apenas à Fundação Humanitária de Gaza, uma entidade controversa apoiada por Israel e criticada pela ONU. O Exército israelense informou que os lançamentos aéreos incluirão sete paletes de alimentos, como farinha, açúcar e produtos enlatados, fornecidos por organizações internacionais. Entretanto, especialistas alertam que este método de entrega é ineficaz e pode não alcançar a população necessitada.
A situação em Gaza é alarmante, com a ONU descrevendo-a como um 'show de horrores'. Relatos de fome extrema se intensificaram, com a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) reportando que pelo menos 45 pessoas morreram de fome na última semana. Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, enfatizou a gravidade da situação, afirmando que as pessoas em Gaza estão em condições de extrema vulnerabilidade.
O governo de Israel atribui a responsabilidade pela crise à ONU e ao Hamas, que, segundo eles, dificultam a entrega de alimentos. A ONU, por sua vez, revelou que possui o equivalente a 6 mil caminhões de alimentos prontos para entrar em Gaza, destacando a necessidade urgente de remover os bloqueios terrestres para atender à população em necessidade.