Após a prisão de Edson Aparecido Campolongo, funcionário público suspeito de realizar ao menos 18 ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo, seu irmão, Sérgio Campolongo, se entregou à polícia nesta quarta-feira, 23. Sérgio é acusado de participar de pelo menos dois casos de depredação de veículos e se apresentou no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo, acompanhado de seus advogados.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o mandado de prisão foi cumprido na mesma data. A onda de ataques a ônibus já soma mais de 500 ocorrências apenas na capital paulista, conforme dados da SPTrans. Até o momento, 16 suspeitos foram detidos em relação aos crimes, que têm gerado preocupação nas autoridades locais.
Edson Campolongo confessou ter danificado 16 veículos no dia 17 de outubro e também ter depredado um ônibus na Avenida Jorge João Saad, no Morumbi, no dia 15. Durante a prisão, foram apreendidos um estilingue e esferas de metal, utilizados nos ataques. As investigações indicam que os crimes foram planejados e que Edson pode ter recrutado outras pessoas para participar das ações, que ocorreram principalmente em São Bernardo do Campo e Osasco.
As motivações dos ataques ainda não estão claras, mas Edson afirmou em depoimento que os realizava para "consertar o Brasil". Nas redes sociais, ele mantinha um perfil ativo com críticas ao governo atual e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos os irmãos respondem por dano qualificado e atentado à segurança de transporte, podendo enfrentar acusações adicionais caso se confirme o uso de coquetéis molotov nos ataques.