O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que o país continuará seu programa de enriquecimento de urânio, apesar dos danos causados pelos recentes bombardeios israelenses e norte-americanos. Em entrevista à Fox News, na segunda-feira (21 de julho de 2025), Araghchi afirmou que, embora o programa esteja temporariamente interrompido, sua retomada é considerada uma questão de orgulho nacional para o Irã.
Os ataques aéreos, que começaram em 13 de junho e duraram até 24 de junho, resultaram na morte de mais de 900 pessoas no Irã e pelo menos 28 em Israel. A extensão dos danos às instalações nucleares iranianas ainda está sendo avaliada pela Organização de Energia Atômica do Irã, que deve informar à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre suas descobertas em breve.
A declaração de Araghchi ocorre após o fracasso das negociações com os Estados Unidos em maio deste ano, que se intensificaram desde que o ex-presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015. Apesar das tensões, o chanceler iraniano expressou abertura para novas negociações, desde que os EUA apresentem uma solução que beneficie ambas as partes e suspendam as sanções econômicas impostas ao país.
"Estamos prontos para adotar qualquer medida de construção de confiança necessária para provar que o programa nuclear do Irã é pacífico e que nunca buscará armas nucleares", afirmou Araghchi, enfatizando a disposição do Irã para dialogar com os EUA, embora as conversas diretas não estejam previstas no momento.