O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) apresentou uma elevação de 0,31% na terceira quadrissemana de julho, superando o aumento de 0,25% registrado na quadrissemana anterior. A divulgação dos dados ocorreu nesta quarta-feira, 23, e aponta uma pressão altista generalizada, especialmente em alimentos, serviços e tarifas de energia elétrica.
André Braz, economista e coordenador do IPC-S, destacou que a alta nos preços é um fenômeno disseminado, embora a concentração em alimentos possa indicar um efeito temporário. "Quando vemos essas influências positivas muito concentradas em um grupo só, como em alimentos, sabemos que é um efeito passageiro. No entanto, essa alta está bem disseminada", afirmou Braz.
O economista também ressaltou que a tendência é de continuidade na alta dos preços, especialmente com o retorno dos alimentos in natura ao terreno positivo. Apesar disso, ele minimizou preocupações com a inflação, afirmando que o cenário atual representa apenas um período de ajuste de preços em andamento. Nos últimos 12 meses, o IPC-S acumula uma alta de 3,99%, com uma projeção de 3% para 2025.