O futebol da América Latina recebeu aproximadamente US$ 1,1 bilhão em investimentos estrangeiros na última década, com destaque para a participação de fundos norte-americanos, conforme levantamento do portal El Míster. Os recursos foram direcionados à aquisição de clubes e aos direitos comerciais e de transmissão, evidenciando o crescente interesse internacional na exploração do potencial esportivo e comercial da região.
Recentemente, a Innovatio Capital, um fundo norte-americano, adquiriu o Querétaro, do México, por US$ 150 milhões, tornando-se a segunda maior compra de um clube latino-americano por investidores estrangeiros, atrás da aquisição do Bahia pelo City Football Group, que ocorreu em 2023 por US$ 198,7 milhões. O ambiente atual favorece o crescimento da indústria esportiva na América Latina, que sediará importantes eventos nos próximos anos, incluindo a Copa do Mundo masculina e feminina e o Mundial de Clubes da FIFA.
Desde 2005, foram registradas pelo menos 20 operações de aquisição ou parceria na região, com os Estados Unidos liderando como principal investidor, seguido pelos Emirados Árabes Unidos e Espanha. Clubes como Juárez FC e Everton, do Chile, estão sob controle estrangeiro integral, enquanto outros, como Vasco e Bahia, possuem controle compartilhado. O fundo 777 Partners, que detém parte do Vasco, declarou falência em 2025, iniciando a venda de seus ativos esportivos.
Além disso, a gestão de alguns clubes conta com a participação de celebridades, como a atriz Eva Longoria e o ex-jogador Mesut Özil, que buscam atrair novos negócios. Os direitos de mídia são considerados o principal ativo dos clubes, representando uma parte significativa de suas receitas. Um dos maiores acordos recentes foi firmado entre a Liga Forte União, que engloba 25 clubes brasileiros, e investidores, totalizando US$ 500 milhões ao longo de 50 anos. As negociações no México com o fundo Apollo Management ainda estão em andamento.