O saldo do Investimento Direto no País (IDP) alcançou US$ 33,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, marcando uma queda de 10,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado, divulgado pelo Banco Central na última sexta-feira (25), representa a menor entrada líquida de recursos no Brasil desde 2021.
O IDP é um indicador crucial que reflete a entrada e saída de capital voltado para investimentos de longo prazo na economia real, incluindo atividades empresariais e infraestrutura. Ao contrário do fluxo de recursos na B3, o IDP é impactado por fatores externos, como a incerteza geopolítica e as taxas de juros internacionais, além de aspectos internos, como a estabilidade macroeconômica e o ambiente regulatório.
Em junho de 2025, o saldo do IDP foi de US$ 2,8 bilhões, uma queda acentuada de 55,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse montante não foi suficiente para cobrir o déficit nas transações correntes, que totalizou US$ 5,1 bilhões no mesmo mês. O Banco Central apontou que a entrada líquida em participação no capital foi de US$ 6,4 bilhões, enquanto as operações intercompanhia resultaram em uma saída líquida de US$ 3,6 bilhões.
No acumulado de 12 meses até junho, o IDP somou US$ 67,0 bilhões, representando 3,14% do PIB. Em comparação, em maio de 2025, o saldo foi de US$ 70,5 bilhões (3,31% do PIB), e no mesmo período do ano anterior, o total foi de US$ 64,9 bilhões (2,87% do PIB).