Uma investigação preliminar sobre o acidente do voo 171 da Air India, que caiu em Ahmedabad, no oeste da Índia, matando 260 pessoas, revelou que o fornecimento de combustível para os motores foi interrompido 29 segundos antes do impacto. O relatório, divulgado nesta sexta-feira (11), destaca uma gravação da cabine em que um dos pilotos questiona o outro sobre o corte de combustível, ao que o copiloto responde que não havia realizado tal ação.
O avião, um Boeing 787 Dreamliner, decolou com 242 pessoas a bordo e caiu logo após a partida. Apenas um passageiro sobreviveu ao desastre, que também resultou na morte de 29 pessoas em solo. O comandante Sumeet Sabharwal, de 56 anos, e o copiloto Clive Kunder, de 32, estavam no controle da aeronave no momento da tragédia.
O relatório indica que o corte de combustível não pode ocorrer acidentalmente em um Boeing 787, uma vez que os botões que controlam o fluxo de querosene são protegidos por uma trava. Especialistas em segurança da aviação afirmam que não seria possível um piloto acionar esses botões sem intenção. A investigação não encontrou evidências de uma emergência que justificasse o corte dos motores, levantando a possibilidade de uma ação deliberada por parte de um dos pilotos.
Após o acidente, as autoridades indianas determinaram a inspeção de todas as 33 aeronaves do modelo Boeing 787-8 Dreamliner operadas pela Air India. Não há previsão para a divulgação do relatório final da investigação.