A Procuradoria-Geral de Roma iniciou um inquérito para investigar a brasileira que ofereceu abrigo à deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) em um apartamento no bairro Aurélio, na zona oeste da capital italiana. A ação ocorre após a prisão de Zambelli, que foi detida na última terça-feira (29) por estar na lista vermelha da Interpol a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o Ministério da Justiça da Itália, dar abrigo a alguém procurado pela Justiça é considerado crime de favorecimento pessoal, conforme a legislação italiana. Zambelli foi encontrada em um imóvel alugado por cerca de 1.500 euros (aproximadamente R$ 10 mil) logo após conceder uma entrevista ao jornal La Repubblica.
O deputado Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, foi o responsável por informar a polícia sobre a localização da parlamentar. Ele repassou o endereço às autoridades, resultando na prisão de Zambelli por volta das 21h, desmentindo a versão de que a deputada teria se entregado voluntariamente.
Zambelli passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (1º), onde o juiz Aldo Morgigni decidirá se ela será enviada de volta ao Brasil. O país já solicitou a extradição da deputada, condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. O processo pode se prolongar, dependendo das decisões judiciais e administrativas na Itália.