O CEO da Air India, Campbell Wilson, anunciou nesta segunda-feira (14 de julho de 2025) que o relatório preliminar sobre o acidente com um Boeing 787 Dreamliner, que resultou na morte de 260 pessoas em 12 de junho, levanta novas questões e que as investigações ainda estão em andamento. Em comunicado interno, Wilson pediu cautela e destacou que o documento não identificou a causa do acidente nem fez recomendações.
O relatório, divulgado no último sábado (12 de julho) pelos investigadores indianos, revelou que os interruptores de combustível da aeronave foram movidos para a posição de corte apenas três segundos após a decolagem. Gravações da cabine mostraram um diálogo entre os pilotos sobre o corte de combustível, mas não ficou claro qual dos dois fez o movimento ou transmitiu o sinal de emergência antes da queda.
Os pilotos envolvidos no acidente tinham um total de aproximadamente 19.000 horas de voo, com mais de 9.000 horas especificamente no modelo 787. O relatório preliminar não encontrou falhas mecânicas na aeronave e confirmou que todos os procedimentos de manutenção foram realizados antes do voo. A Air India também enfrenta investigações adicionais, incluindo uma da Easa, que examina sua subsidiária Air India Express por supostas irregularidades na manutenção de aeronaves.
O relatório preliminar foi apresentado dentro do prazo de 30 dias após o acidente, conforme normas internacionais, e o relatório final deve ser divulgado em até um ano. Wilson reiterou a importância de evitar conclusões precipitadas até que todas as informações sejam analisadas de forma completa.