Na quarta-feira, 31 de agosto, os investidores estarão atentos a importantes eventos econômicos, incluindo a decisão de política monetária do Federal Open Market Committee (FOMC), que será anunciada às 15h (horário de Brasília). A expectativa é de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, apesar das pressões do ex-presidente Donald Trump sobre tarifas que podem impactar a inflação nos Estados Unidos.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil também deve manter a taxa Selic em 15% ao ano, com analistas prevendo um comunicado que reforce a necessidade de uma pausa prolongada na política monetária. A XP Investimentos destaca que, embora a política contracionista esteja surtindo efeito, as expectativas de inflação ainda estão acima da meta.
Os investidores estão especialmente preocupados com o impacto das tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, que entrarão em vigor em 1º de agosto. O governo dos EUA anunciou que essas tarifas podem ter um efeito desinflacionário, mas também podem levar à desvalorização do real e a possíveis retaliações do Brasil. Técnicos do governo Lula estão desenvolvendo um plano emergencial com mais de 30 medidas para mitigar os efeitos negativos, enquanto o presidente sanciona o programa "Acredita Exportação".
O prazo final para negociações sobre as tarifas se aproxima, e a expectativa é de que o Brasil seja um dos poucos países a sofrer com o tarifaço de Trump. A situação pode impactar diretamente o desempenho do Ibovespa, que já enfrenta dificuldades para se manter acima dos 132 mil pontos, refletindo também a correção no preço do minério de ferro.