Uma pesquisa da gestora Schroders revelou que 63% dos investidores institucionais e gestores de patrimônio em todo o mundo consideram a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como a principal fonte de apreensão para a economia global nos próximos 12 meses. O estudo, que ouviu 995 profissionais que administram US$ 67 trilhões em ativos na América, Europa e Ásia, destaca que, na América Latina, essa preocupação é um pouco menor, com 52% dos entrevistados citando as tarifas como um fator de risco.
Além das tarifas, os investidores latino-americanos demonstram preocupações com o aumento da regulação (13%), recessão econômica (11%) e alta da inflação (11%). Com a incerteza comercial em alta, 55% dos entrevistados afirmam que a resiliência se tornou a prioridade nas carteiras de investimento para os próximos 18 meses. Johanna Kyrklund, diretora global de investimentos da Schroders, ressalta que estratégias de gestão ativa são essenciais para enfrentar a complexidade do mercado atual.
A pesquisa também revelou que 80% dos investidores estão mais propensos a aumentar o uso de estratégias de investimento ativas no próximo ano, com 85% na América Latina. Entre as estratégias preferidas, os fundos de ações lideram, com 46% dos profissionais apontando-os como os que devem gerar maior rentabilidade, seguidos por private equity (45%). A diversificação internacional é vista como crucial, com 51% dos investidores acreditando que ela proporcionará melhor desempenho às carteiras.
Por outro lado, 44% dos entrevistados indicam que as melhores opções para garantir retorno com menor risco estão na renda fixa, em títulos públicos e produtos alternativos. A pesquisa destaca que, apesar das preocupações com a concentração de mercado, os investidores ainda buscam diversificação, com o S&P 500 sendo o índice que mais preocupa 74% dos participantes, evidenciando a necessidade de estratégias globais de investimento.
