Nesta terça-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a sessão de interrogatórios dos oito réus do núcleo 1 da trama golpista, um marco na Ação Penal (AP) 2668, que investiga a tentativa de golpe de Estado denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O processo, que envolve figuras proeminentes como um ex-presidente, três generais de quatro estrelas, um almirante e um tenente-coronel, além de um ex-ministro da Justiça e um delegado da Polícia Federal, é considerado crucial para a defesa do Estado de Direito no Brasil.
Os interrogatórios foram conduzidos pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e pelo também ministro Luiz Fux, com a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados dos réus. Apesar de a expectativa ser de que as sentenças não sejam proferidas antes de setembro, a sessão já se destaca pelo simbolismo histórico, sendo a primeira vez que um ex-presidente é julgado em um tribunal civil no Brasil.
A realização deste processo é vista como um sinal de resiliência das instituições democráticas brasileiras, em um país que já enfrentou diversas ditaduras e tentativas de golpe. A sociedade observa com esperança o cumprimento do devido processo legal, que reforça a importância de um sistema judiciário que funcione em prol da justiça social, especialmente para minorias e populações periféricas. A AP 2668 representa, assim, um passo significativo na consolidação da democracia no Brasil.