A inteligência russa obteve informações sobre a saúde da ex-secretária de Estado Hillary Clinton durante sua campanha presidencial de 2016, mas o presidente Vladimir Putin decidiu não divulgá-las, acreditando que a democrata venceria as eleições. As revelações foram divulgadas em um relatório do Comitê de Inteligência da Câmara, datado de 18 de setembro de 2020, e tornadas públicas nesta quarta-feira (23) pela Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard.
O documento aponta que a inteligência russa tinha acesso a evidências de que Clinton enfrentava 'problemas psicoemocionais', tratados com sedativos pesados. Em setembro de 2016, líderes do Partido Democrata e o então presidente Barack Obama expressaram preocupação com a saúde da candidata, temendo que isso pudesse impactar negativamente sua campanha contra Donald Trump.
Além das questões de saúde, o relatório também menciona que a Rússia possuía informações sobre um plano da campanha de Clinton para associar Putin e hackers russos a Trump, com o intuito de desviar a atenção do escândalo do servidor de e-mail privado utilizado por Clinton durante seu mandato como secretária de Estado. O documento de 44 páginas revela que Putin não tinha preferência clara entre os candidatos, desmentindo alegações de que ele favorecia Trump devido a possíveis chantagens.