O debate sobre o impacto da inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, na capacidade de pensamento crítico e aprendizado humano ganha destaque. Desde a polêmica matéria da revista The Atlantic em 2008, que questionava se o Google estava 'deixando as pessoas burras', a discussão se intensificou com o avanço das tecnologias de IA. Nicholas Carr, autor do artigo, argumentava que a facilidade de acesso à informação poderia prejudicar a retenção de conhecimento e a profundidade do pensamento.
Atualmente, a IA generativa não apenas resgata informações, mas também cria e analisa conteúdos, levantando preocupações sobre a substituição do pensamento humano. Especialistas alertam que, ao delegar tarefas cognitivas à IA, os usuários podem estar enfraquecendo suas habilidades de análise crítica e resolução de problemas. Essa mudança no acesso à informação pode levar a um consumo passivo, reduzindo a curiosidade intelectual e criando uma dependência prejudicial ao desenvolvimento cognitivo.
O fenômeno do efeito Dunning-Kruger também é relevante nesse contexto, pois sugere que usuários menos informados podem se sentir excessivamente confiantes em suas habilidades ao utilizarem ferramentas de IA, enquanto aqueles mais competentes podem subestimar suas capacidades. Essa dinâmica pode resultar em uma divisão no uso da IA, onde alguns a utilizam para substituir o pensamento crítico, enquanto outros a veem como uma forma de potencializar suas habilidades cognitivas. A reflexão sobre os ganhos e perdas dessa nova era digital é essencial para o futuro do aprendizado e da criatividade.