A Intelbras (INTB3) passou por um período de dificuldades após registrar uma receita recorde no final de 2022, com quedas consecutivas nas receitas orgânicas entre o segundo trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024. A companhia, que viu suas ações na B3 impactadas negativamente, agora apresenta sinais de recuperação, com analistas, como os da XP Investimentos, projetando um cenário mais otimista para o segundo trimestre de 2025.
Os problemas enfrentados pela Intelbras foram atribuídos a uma série de fatores, incluindo um diagnóstico incorreto sobre o desempenho do segmento de Energia Solar e uma combinação de queda de preços de matérias-primas, aumento da taxa Selic e retração do crédito. Em 2023, a receita do segmento de Energia caiu 31%, contrariando as expectativas de crescimento de 25% da empresa. A migração de seu sistema ERP também contribuiu para a volatilidade das ações, mas ajustes recentes podem ter estabilizado a situação.
Para o segundo trimestre de 2025, o BTG Pactual projeta um crescimento de 5,3% na receita consolidada da Intelbras em relação ao ano anterior, com destaque para o segmento de Segurança, que deve crescer 13%. Contudo, o setor de Comunicações deve apresentar um desempenho mais modesto, com um avanço de apenas 4%. A expectativa é de que a companhia melhore suas margens em todas as divisões, com a margem bruta consolidada alcançando 30,6%. O EBITDA projetado é de R$ 165 milhões, representando um aumento de 3,6% na comparação anual.