O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou uma redução de 50% na análise de casos suspeitos de irregularidade entre 2023 e 2024, mantendo, no entanto, o pagamento mensal de 1 milhão de benefícios que apresentam indícios de irregularidades. Essa situação resulta em uma perda estimada de R$ 15 bilhões anuais aos cofres públicos, o que representa 1,5% dos R$ 972 bilhões previstos para os gastos da Previdência Social no Orçamento de 2025.
Os benefícios são incluídos na lista do Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB) quando surgem alertas de irregularidade, inconsistência ou necessidade de revisão, emitidos por órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU). De acordo com informações do jornal O Globo, a maioria dos benefícios sob suspeita acaba sendo cancelada após análise detalhada, com 578 mil pagamentos considerados indevidos entre os 1 milhão questionados.
Entre 2020 e 2021, o INSS havia implementado um sistema de bonificação para acelerar as análises, resultando em 27.600 verificações mensais. Contudo, esse ritmo caiu para apenas 13.800 casos mensais no período de 2023 a 2024. Para tentar mitigar a situação, o sistema de bônus, que expirou em dezembro de 2024, foi reeditado em 2025, visando reduzir as filas de atendimento do órgão.