O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou 67 dias de falhas em seus sistemas no primeiro semestre de 2023, conforme levantamento da GloboNews. Essas interrupções impactaram diretamente a análise e concessão de benefícios como aposentadorias e pensões, aumentando a espera dos cidadãos por pagamentos. As falhas foram classificadas como graves, pois impedem o trabalho dos servidores, que dependem de múltiplas plataformas interligadas para realizar suas funções.
Em junho, o mês com mais registros de problemas, foram 16 dias de falhas em 20 dias úteis, dificultando ainda mais o atendimento ao público. Servidores relataram que, em algumas ocasiões, cinco sistemas estavam fora do ar simultaneamente, resultando em atrasos significativos na análise de requerimentos. A Dataprev, empresa responsável pela gestão dos sistemas, é frequentemente acionada para resolver as instabilidades, mas a solução nem sempre é imediata.
A situação já se arrasta desde 2024, quando o INSS também registrou 67 dias de falhas até junho. Atualmente, mais de 2,6 milhões de brasileiros aguardam a concessão de benefícios, segundo dados do Ministério da Previdência. O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social enviou um ofício ao INSS pedindo a revisão das metas de trabalho dos servidores, que frequentemente não são ajustadas em função das falhas nos sistemas, gerando um ambiente de trabalho estressante e ineficiente.