O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) está em processo de obtenção de licença ambiental para a construção de uma nova fábrica destinada ao processamento de embalagens flexíveis vazias de defensivos agrícolas. O diretor-presidente do inpEV, Marcelo Okamura, informou que a nova unidade utilizará tecnologia alemã, mas enfrenta atrasos devido à falta de controle sobre os prazos de análise da licença.
Atualmente, o Brasil recicla 99% das embalagens rígidas de defensivos agrícolas, mas ainda não realiza o mesmo processo com as embalagens flexíveis, que são predominantemente de papel e papelão. Desde 2002, o país reciclou 821.513 toneladas de embalagens de defensivos agrícolas. Okamura destacou que a situação não representa uma dificuldade para o inpEV, pois o poder público atua como um elo essencial no sistema Campo Limpo, que já funciona bem para as embalagens rígidas.
A reciclagem de embalagens traz benefícios ambientais significativos, incluindo a redução da emissão de carbono e o uso menor de água e energia elétrica em comparação com a produção de novas embalagens. Antes da implementação do sistema de logística reversa, as embalagens eram frequentemente enterradas ou queimadas, resultando em perdas de terra útil e emissões de CO2. A legislação atual, incluindo a Lei nº 14.785/2023, estabelece responsabilidades para agricultores e revendedores, com sanções para aqueles que não cumprirem as normas de destinação correta das embalagens vazias.