A inflação oficial do Brasil acumulou 5,35% nos últimos 12 meses, ultrapassando a meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de até 4,5%. Este resultado marca o sexto mês consecutivo em que a inflação fica acima do limite tolerado, o que gerou a necessidade de explicações por parte da instituição financeira. A situação foi comunicada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
O aumento nos preços da energia elétrica, impulsionado pela bandeira vermelha patamar 1, foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado da inflação em junho, que registrou um aumento de 0,24%, ligeiramente abaixo do índice de maio. Além disso, a alta nos preços de alimentos como café moído e carnes, assim como o aumento do etanol, também pressionaram a inflação, afetando diretamente o custo de vida das famílias e empresas.
Gabriel Galípolo destacou que o Banco Central está adotando medidas para controlar a inflação e que espera que os efeitos do ciclo de alta dos juros comecem a ser percebidos na economia. A previsão é que a inflação retorne aos limites da meta até o final do primeiro trimestre de 2026. A economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, reforçou a importância da vigilância do Banco Central para preservar o poder de compra da moeda nacional.